sexta-feira, 9 de outubro de 2009


Vestiu, aquele seu primeiro vestido que havia costurado, vermelho com uma fenda nas costas, gola reta quase nos ombros. Preparou o jantar. Afagou a Theresa. Preparou a mesa. E as palavras tambem. Esperou-o chegar.
Ele chegou. Ela o levou ao banho. O beijou. O Tocou.
Eles se sentaram. Os dois. A mesa estava posta pra dois. Duas velas. Duas taças. Dois corações. Trouxe o vinho. Trouxe os pratos. Afagou a Theresa. O serviu e se sentou.
Se olharam.
...
- Lembra quando você chegou em casa bêbado?
- Unrrun!
...
- Porque esta falando disso? "Já faz tanto tempo" - sussurou
Ela soltou o garfo delicadamente no prato e perguntou:
- Você pode pegar a sobremesa para nos querido? - sorriu com o canto esquerdo da boca, e chorou pelo lado direito do peito.
Ele trouxe. A Beijou e se sentou.
- Hoje, uma mulher me disse, que é sua amante. Que faz tempo que você promete que vai se separar. Ela então resolveu dar um jeito sozinha...
Ele levantou os olhos. Olhou pra ela.
- Ela foi tão convincente, que eu quase cheguei a acreditar. Só não acreditei, porque eu confio em você. Mas mesmo com tudo isso eu ainda posso estar enganada. Então, você pode continar a me trair. Pelo resto de nossas vidas. E pode decidir ser fiel. Pelo resto de nossas vidas. - ela falava tudo isso, mansamente como um cordeiro. - Você me prometeu ser fiel, você prometeu a si. Que me seria fiel, antes mesmo de me amar.
- Você não quer que eu te conte como foi?
Ele parecia estacionado em uma dobra espacial.
- Não preciso.

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