A escrita na parede
mene, mene, tekel, upharsin
domingo, 19 de dezembro de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Um bloco de rejunte
quarta-feira, 21 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Ainda considero...
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Lado n
quarta-feira, 14 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
Pássaros do sul
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Não procuro refúgio
terça-feira, 20 de abril de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Heathcliff, sou eu, sou Cathy, voltei pra casa
domingo, 11 de abril de 2010
Não é um teste
Vis-à-vis
sábado, 10 de abril de 2010
Meu nome é fogo
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Um texto prolixo
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
O convidado surpresa
Mas por motivos inexplicáveis, fora do alcance do entendimento do homem - como instituição social. Longe de explicações filosóficas e cientificas. Ele deixou de suportar a dor de vê-la olhando para ele, com os mesmos olhos brilhantes de sempre. Não podia mais retribuir o sorriso de hálito fresco, o mesmo sorriso que ele resistiu pela primeira vez que se viram.
Sem saber quando nem como havia se tornado pesado e enfadonho saber que ela estaria sempre ali. Contando-lhe todos os seus segredos. Mortalha. Morfeu.
Talvez tenha sido um tanto de covardia aceitar tanto tempo e por fim assim, agora. Talvez tenha sido muita coragem aceitar tanto tempo e por fim assim, agora. Talvez ela devesse ter tomado partido para a política anarquista sem suas règles ou talvez “Se eu quisesse, se eu amasse você, é claro que eu teria mudado as suas regras”.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
-Não sei como fazer.... Mas quero. Demais.
-Também não sei como me regar. Mas acho que primeiro se é preciso as sementes na terra colocar.
-Pode me ensinar o que eu tenho que fazer?
-Não sei. Pouco entendo de terra, nada entendo de plantas.
-Meu forte é plantas. Mas não sei cultiva-las.
-Acho que a minha espécie, é daquelas que não gostam de agua, não suportam sol. precisam de uma redoma de vidro, e obrigam egoistamente o principizinho a se retirar de seu planeta.
-Xiiii eu sou um bicho do cerrado.
-Não pode então me plantar, e me regar? Poder eu posso. Vai depender do meu aprendizado. E mais ainda, da sua paciência.
-Prometo ser uma semente, paciente."
Conversas com Maga_li
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Mas aquela brisa, a colocava no lugar. Mas realmente não sabia como estava ali.
Ouvia ruídos vindos de tão longe, que soavam dentro de si , e uma musica sissilante ao fundo.
Mas não reconhecia aquela sensação.
Há muito não reconhecia quem era.
Parou de frente ao mar, e as ondas se prostraram lambendo-a os pés.
Se lembrou que havia dito a alguem "Por favor segure minha mão".
Se lembrou de ter dito"Cuida bem de mim..."
Sentiu a brisa tocando sua mão, e a segurando forte.
O mar amainou.
"Moço...cuida bem de mim?"
Sentiu frio, e lembrou que havia pedido calor.
"Me aquece?"
Seu vestido, quis fugir de seu corpo, e seus braços a abraçaram.
"Moço...cuida bem de mim?"
Então o mar uivou.
"Não te deixo jamais."
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Ele chegou. Ela o levou ao banho. O beijou. O Tocou.
Eles se sentaram. Os dois. A mesa estava posta pra dois. Duas velas. Duas taças. Dois corações. Trouxe o vinho. Trouxe os pratos. Afagou a Theresa. O serviu e se sentou.
Se olharam.
- Lembra quando você chegou em casa bêbado?
- Unrrun!
...
- Porque esta falando disso? "Já faz tanto tempo" - sussurou
Ela soltou o garfo delicadamente no prato e perguntou:
- Você pode pegar a sobremesa para nos querido? - sorriu com o canto esquerdo da boca, e chorou pelo lado direito do peito.
Ele trouxe. A Beijou e se sentou.
- Hoje, uma mulher me disse, que é sua amante. Que faz tempo que você promete que vai se separar. Ela então resolveu dar um jeito sozinha...
Ele levantou os olhos. Olhou pra ela.
- Ela foi tão convincente, que eu quase cheguei a acreditar. Só não acreditei, porque eu confio em você. Mas mesmo com tudo isso eu ainda posso estar enganada. Então, você pode continar a me trair. Pelo resto de nossas vidas. E pode decidir ser fiel. Pelo resto de nossas vidas. - ela falava tudo isso, mansamente como um cordeiro. - Você me prometeu ser fiel, você prometeu a si. Que me seria fiel, antes mesmo de me amar.
- Você não quer que eu te conte como foi?
Ele parecia estacionado em uma dobra espacial.
- Não preciso.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
- Porque não?
- Porque não.
- E desde quando porque não, virou resposta satisfatória?
Ela abriu a porta do carro, e saiu. Antes de entrar no edifício, voltou e sentou-se de novo no carro
- Amanhã você me ajuda a fazer compras?
E ele colocando já a primeira marcha disse
- Ah! Sacrifícios...
- Ela sorriu e saltou do carro.
...
- A não, você não vai levar isso...Isso é comida de cachorro!
- Para, lógico que vou levar...
- Tá bom, então isso dá câncer... Não gasta seu dinheiro com isso não...
- Ai e desde quando você se alimenta bem?
- Hun...desde - o telefone dele tocou.
- Alo?
- Oi.
- Fala irmão...
- Eu vou para ai essa semana ta?
- Uai, assim? Duma hora pra outra? Ta.. Mas porque a mudança de idéia, ate semana passada você não vinha.
- A questão é que ate semana passada eu não sabia que ela estava ai. Posso ficar na sua casa ou não cara?
- Lógico.., Mas se eu fosse você não vinha essa semana não, quer dizer pode vir... Mas é que o noivo dela vem, a família toda, seila ...
- Hun... Posso ir cara?
- E essa? Você também acha que é de cachorro? – Era ela gritando entre as gôndolas, com dois pacotes de bolachas na mão.
Ele fez com o polegar um sinal, de “ um minuto” e continuou no telefone.
- É a voz dela?
- Nossa você ouviu?
- Claro cara... Você ta com ela?
- Unrrun – eu prefiro essa- apontando pra bolacha da esquerda.
- A então eu vou levar essa - e pois a da direita no carrinho
- Que que vocês estão fazendo?
- Compras!
-Compras?
- É cara, o que que você que a gente ia estar fazendo com bolachas?
- Hun... Como ela esta?
- Ah, cara faz assim, vem essa semana pra você mesmo ver. Falou?
- Certo.
- Você é muito do contra sabia garota?
- Uii, me chamando de garota...
- Era ele no telefone!
- Hun... Uai e ele te liga?
- Poise, mas faz pouco tempo!
- Quanto tempo?
- Desde o nosso almoço.
- E o que uma coisa tem haver com a outra?
- Ele sabe que você esta aqui...
- Como as noticias correm em...
- E ele quer te ver!
- Mande uma foto..
- Já mandei!
- ...
- Ele vem aqui
- Deixa vir...
Eles andaram por mais alguns corredores, procurando não se sabe o que...
-Porque não quer conhecer? – Ela parou de frente a ele, no corredor dos frios, e realmente estava muito frio.
- Quem?
- Ele!
- Ele?
-É !
-Porque se eu o conhecer eu vou ter que deixar de te desejar.
Um casal de sexagenários passou entre os dois, e o telefone dela tocou.
- Oi filhinha!
- Oi mamãe, que saudade! Nem te conto sabe quem vem me visitar?
- Sei!
- Ah, mamãe larga de ser sem graça
- Ah você perguntou...
E as duas riram.
- To ligando pra dizer que também vamos
Ela soltou um gritinho de alegria
- Não acredito !
- Poise, mas não conta pra eles ta? Vai ser surpresa ver todo mundo junto
- Ta man.
- O que você esta fazendo querida?
- Estou na fila do caixa, no supermercado, e você?
- To em casa, vou desligar pra você terminar as compras ta?
- Te amo mamãe!
- Eu também querida.
- Saudades de você e do papai, muitas.
- A gente também. O papai ta mandando um beijo.
- Manda outro pra ele.
- Tchau, filha.
- Tchau...
....
- A gente fala sobre aquilo, ou finge que não aconteceu?
- Próximo ! – era a moça do caixa gritando
- Não sei, falar sobre o que?
- Sobre o que você disse, sobre o que acabou de dizer!
- O que eu acabei de dizer?
- Não, não é acabou de acabar literalmente ...Vamos falar ou não?
- Não estamos falando?
- Porque você esta falando assim?
- Assim como?
- Assim desse jeito, pra que isso?
- Nada deixa quieto
- Achei que seriamos amigos pra sempre
- É como diz canção, o sempre, sempre acaba
- Então é isso? Vai fazer como ele?
- Ele quem?
- Aquele seu amigo, você aprendeu com ele, não é? A Largar as coisas pelo caminho... Ou será que ele aprendeu com você?!
- Ele te marcou não é?
- Claro que marcou. O que você esperava...
- Você não quer que eu fale sobre isso né.
- O que?
- Mas eu disse alguma coisa?
- Para com isso, e não coloca isso embaixo daquilo...esse porta- malas é minúsculo, e que tanto de compras, tem certeza que isso tudo é nosso?
- Não não vou parar, na verdade eu nem sei o que você quer que eu pare.
- Olha se vamos brigar então pelo menos eu acho justo saber porque estamos brigando.
- Porque te amo! E eu não consigo imaginar você com outra pessoa, e so de pensar isso me dói. Não justo, chega a ser desleal...
- Não...
-Não o que?
- Me recuso!
- Se recusa a que?
- A brigar por esse motivo
- O que?
- Você me ama?
- Não
- Não me ama?
- Porque eu tenho que ficar repetindo as coisas que digo?
- Estamos brigando pelo que?
- Sim
- Sim o que?
- Quer saber, sim, sou fraco.
- Desde quando?
- Desde pequeno, nunca consegui te olhar nos olhos!
- Desde quando você me ama?
- A gente pode parar de brigar agora?
- Não, não vamos - ela entrou no carro.
- Porque?
- Porque é preciso um bom motivo!
- Pra que? Pra eu gostar de você? Pra gente brigar? Olha pra você é, a mulher mais incrível que eu já conheci, quando eu estou com você, eu imagino que eu não deveria estar lá, porque eu não mereço. E quando estou longe, so penso em estar perto. Droga de clichê. Você saberia as palavras, né...É por isso que eu amo, você nunca perde as palavras. E tem mais coisas, muitas coisas, tantas, milhões, milhares... a ordem ficou errada...são muitas infinitas...
-A gente não precisa mais brigar, por motivo algum, nem descobrir o motivo. Tudo bem assim?
- Certo.
domingo, 24 de maio de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
Tem de ser assim? Tem de ser!
segunda-feira, 9 de março de 2009
sexta-feira, 6 de março de 2009
Zé Romão e Doralice
Zé Romão e Doralice
Zé Romão era um cara politicamente correto, honesto, quando se diz de pagar os impostos em dia; á Deus o que é de Deus, á Cesar o que é de Cesar, ele dizia. Andava com as calças bem acinturadas, claro presas pro uma correia de couro tão surrada quanto o próprio Zé. Mas não se engane, era um cara pintoso, e sem duplos sentidos, talvez com. Andava sempre, sempre, batendo o solado das botas no chão, fazendo musica, tramborilando os dedos a cada contratempo sonoro. Ziguezagueando os olhos e batendo os lábios como percussão. Chacoalhava os cabelhos a cada dois tempos e pigarreava a cada intervalo de semi-breve. Usava o som dos ventos como tenor, e colchetes em compassos 4/4. E no mais, sorria. Era sempre seu grand finale. Sorria principalmente quando encontrava Doralice.
Miudinha, quase quebrável, era o tudo de Zé. A ela, ele dedicava todas as suas musicalidades, e ela podia ouvir, todas em clave de Sol, claro. Como ele dizia, “Sol combina com você, minha querida”. Eles se cantavam todos os dias.
Dia após dia Romão compunha novas sinfonias a Dora, ate suas botas se gastarem...Mas não desistiu, continuou sem o som imponente das botas, que agora se parecia mais com um xixiar de coisa velha. Não importava o grand finale ainda estava lá, e era em seu rosto. Ele a tocava e ela fazia cambre. Ah como era adorável.
Todos os dias colcheias e semi-colcheias, causavam inveja nos pássaros que se atreviam a manter pouca distância, dos compositores.
Veio então a perda das botas, elas não batiam mais ao chão, nem mesmo xixiar faziam, os dedos não queriam mais tamborilar, então apareceram mínimas, e os olhos já não mais queria ziguezaguear. Os lábios tocavam apenas o bumbo, vai a quarta, a quinta,o acorde menor cai, e o acorde maior sobe, e aparecem semi mínimas. Os cabelos já não mais nem ao menos balançavam.
A clave não combinava tanto assim com Dora, nem haviam mais cambres, tudo agora era grand jetes, e atchitchitchis. Não me pergunte o que aconteceu, a musica apenas deixou de ser ouvida.
Sem intervalos de semi-breves, sem tenores dos ventos, sem compassos 4/4. Sem grand finale. Então surgiram as fusas.